1) O que são os ômegas e quais seus benefícios para a saúde, de forma geral?
Os ômegas são gorduras insaturadas, que quando em equilíbrio, exercem um
importante papel anti inflamatório em doenças cardiovasculares, diabetes, doenças
inflamatórias intestinais, artrite, alergias, além de modularem o sistema imunológico.
O ômega 3 está sob as formas de ácido alfa-linolênico (ALA), ácido eicosapentaenóico
(EPA) e ácido docosaexaenóico (DHA). O ALA é proveniente de origem vegetal (óleo de
linhaça, óleo de prímula, chia) enquanto que o EPA e DHA, de origem animal (óleos de
peixes, truta, arenque, salmão e demais peixes de águas frias e profundas).
Aproximadamente 30% do ALA ingerido, pode ser convertido à EPA e DHA.
O ômega 6, sob a forma de ácido linoleico (AL), é encontrado em óleos vegetais, como
azeite de oliva, nos óleos de milho e girassol, e em alimentos como amendoim e as
nozes. Após a ingestão, o AL é convertido em ácido araquidônico (AA), também
pertencente à classe do ômega 6.
O ômega 9, apesar de não necessitar da ingestão pois é produzido pelo nosso
organismo, só consegue ser sintetizado na presença dos ômega 3 e 6. É encontrado em
alimentos como azeite de oliva, amendoim, castanhas e nozes.
2) Sobre o ômega-6: quais as diferenças dele para os outros ômegas?
Na verdade não há algo que o destaque como potente diferencial, entretanto, quando
sua ingestão é maior em relação a de ômega 3, há um estímulo elevado para a
produção de substâncias pró inflamatórias.
3) Quais seus benefícios específicos para a saúde?
Em proporções adequadas na dieta, este torna-se importante na saúde cerebral, pois
não danifica os neurônios, permitindo a adequada transmissão nervosa, que é o caso
do Alzheimer, uma doença neurodegenerativa. Também é importante para a
coordenação motora, visão e para o crescimento.
4) É verdade que, ao contrário do ômega-3, o 6 não precisa e nem deve ser
suplementado?
O excesso de ômega 6 pode causar problemas? Explique.
O ômega 6 não necessita ser suplementado. A alimentação do brasileiro é rica em
ômega 6 (óleo de girassol, óleo de soja, azeite de oliva) e pobre em ômega 3, isto
porque não nos beneficiamos de peixes de águas profundas e salgadas (principais
fontes de EPA E DHA), e as fontes vegetais de ômega 3 (ALA) não são muito
bi disponíveis.
O excesso de ômega 6 exacerba processos inflamatórios, como a hipertensão, eleva a
dor em artrite e doenças inflamatórias intestinais, promove a maior produção de
citocinas inflamatórias, além de cortisol, que está relacionado a supressão do sistema
imunológico, diabetes, elevação de colesterol LDL e redução do HDL.
5) É verdade, também, que para não haver problemas com a ingestão de ômega-6,
precisamos ingerir a quantidade certa de 3?
Sim. Ao contrário do ômega 6, o ômega 3 estimula a produção de substâncias anti-
inflamatórias, reduzindo o risco de hipertensão arterial, diabetes, estresse oxidativo
(produção aumentada de radicais livres que danifica as células), além de melhorar
significativamente a transmissão de impulsos nervosos em pacientes com doenças
neurodegenerativas, como o Alzheimer, já citado. A ingestão equilibrada dos ômegas
reduz a inflamação causada pela obesidade, facilitando o processo de emagrecimento,
melhora os níveis de colesterol e triglicerídeos, aumenta a disposição, capacidade de
concentração e aprendizado.
Para concluir, vale lembrar que para tudo deve existir equilíbrio. Se a ingestão dos
ômegas for equilibrada, através de uma alimentação balanceada por um nutricionista,
que contemplará uma maior quantidade de ômega 3 do que 6, você só terá benefícios.
O melhor caminho é evitar o radicalismo.