Associado ao estresse, estão os hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo, desregulando cada vez mais o painel endócrino-metabólico destes indivíduos, fazendo com que os mesmos estejam nos grupos de risco para o desenvolvimento de doenças, como doenças cardiovasculares e diabetes.
Dentre os hormônios que se destacam no estresse e na obesidade, está o cortisol, cujo aumento crônico é responsável por diversas disfunções orgânicas, como o aumento do apetite, e consequentemente, da ingestão alimentar e da prevalência de sobrepeso e obesidade na população.
Dentre outras repercussões geradas pela elevação crônica de cortisol, podemos citar a inibição de uma importante enzima chamada AMPK, que quando inibida pelo alto nível de cortisol, gera consequências como:
- Maior acúmulo de gordura corporal, inclusive também no fígado, podendo levar a uma esteatose hepática, que se não identificada, pode evoluir para cirrose futuramente;
- Aumento de gorduras no sangue, caracterizando as dislipidemias (hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, por ex) Como em nosso organismo tudo é muito complexo, se pensarmos em aumento de gordura corporal, principalmente na região central, logo estes indivíduos possuem maior resistência a insulina, e sem dúvidas, maior risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2.
E o diabetes, SE NÃO bem controlado, pode gerar outros agravos, como: dificuldade de cicatrização (comumente levando a amputações), fraqueza, apetite elevado, cegueira, insuficiência renal, etc.
Seguindo neste raciocínio, se há aumento de gordura corporal associado à inflamação causada pelo cortisol e as demais citocinas inflamatórias estimuladas por ele, essa gordura em excesso pode ser oxidada e começar a acumular-se nos vasos sanguíneos, o que em simples palavras significa que: o excesso de gorduras no sangue pode sofrer alterações danosas, e acumulando-se nas artérias, pode (muito provavelmente) formar as placas de ateroma, que impedem a adequada circulação sanguínea, sendo um fator de risco para as doenças cardiovasculares.
Tudo isso é apenas um pouquinho do que a ciência já descobriu, portanto, reequilibre sua alimentação, exercite-se mais, mude seu estilo de vida, seja mais calmo (a), durma bem e viva leve.