Por Renata Demôro – GNT
Romã não é uma fruta que costuma fazer parte da dieta do brasileiro, mas deveria ser incluída na matemática das duas porções de frutas por dia. Cientistas daUniversidade de Queen Margaret, na Escócia, descobriram que a romã pode ser uma aliada. Estudo recente mostrou que essa fruta é capaz de diminuir os níveis do cortisol, hormônio capaz de aumentar a gordura abdominal, induzido pelo estresse. Mas não é só. De acordo com a nutricionista Luciana Harfenist, diretora da clínica Funcionali, “a fruta também tem aplicações no controle do mau colesterol (LDL), diabetes, celulite e cardiopatias”.
Raio-X da romã
Luciana explica que as sementes da fruta são riquíssimas em vitaminas A e E, potássio, ácido fólico, vitamina C, cálcio, ferro, potássio, magnésio, ácido gálico, ácido elágico, entre outras substâncias. “Ela também contém punicalagina, um flavonóide responsável pelas propriedades antioxidantes, capaz de reduzir processos inflamatórios presentes na obesidade, cardiopatias, diabetes, celulite e câncer. Essa substância ainda diminui a produção de citocinas pró inflamatórias, presentes no tecido adiposo, interferindo diretamente na composição corporal.”, diz Luciana.
O médico nutrólogo José Alves Lara Neto, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), reforça que a ação anti-inflamatória é capaz de debelar infecções na garganta. Realizada pela Universidade Riverside, da Califórnia, uma pesquisa identificou componentes no suco de romã que podem inibir os movimentos de células cancerosas e a metástase do câncer de próstata.
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Potente antioxidante
Luciana Harfenist lembra que a ação antioxidativa da romã é considerada mais potente que a do vinho, no combate aos radicais livres. “Ela tem ótima ação detoxificante, livrando o fígado de toxinas e acelerando o metabolismo basal. A romã tem uma composição tão diferenciada em nutrientes que pesquisadores daUniversidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão estudando as propriedades antivirais dos taninos elágicos para o tratamento de herpes e dengue”, completa a nutricionista.
Luciana reforça que a romã deve ser ingerida logo após a sua manipulação ou preparação. “Com as sementes, é possível preparar suco puro, ou misto com outras frutas, e ainda salpicá-las em saladas, molhos e recheios de tortas. A casca serve para fazer chás, sucos e vitaminas.”
Em suco ou em chás, romã faz bem
Para obter os benefícios dos compostos da fruta, a nutricionista ressalta que o seu consumo deve ser diário: “Um copo (100 ml) de suco de romã ao dia, fora das grandes refeições, ou a metade total das suas sementes em cima da salada, é o bastante para aproveitar tudo de bom que a fruta tem a oferecer”, explica. José Alves completa: “Para acabar com gengivites e amigdalites, ferva a casca em água, aguarde esfriar, e faça gargarejos. Infusões com flores da romã possuem taninos, substância indicada no caso de desarranjos intestinais”.